quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Surreal

E por um segundo infinito o mundo estagnou. Era o despertar do sonho periódico e muitas vezes irreal. A felicidade se fez em rubro, aquecida por um mar de histórias que supus não existirem. O nunca ressurgiu gritante, com palavras e mais que isso. Constante era a incerteza que me fez sentir...

Diante do vento, promessas, uma a uma, esperando silenciosamente o momento certo de se libertarem. Ao lado da flor, mantém-se os rastros da caminhada, longa caminhada. Convicto de que a espera não foi em vão, figuras retomam a beleza brevemente esvaída, coloridas de receio.

A memória nem sempre foi eficaz, e o segredo é guardado detrás das linhas. Nas múltiplas interpretações, divide-se a atenção a muitos. O raro se faz na compreensão das minúcias, detalhes passantes. Um quebra-cabeça de peças que não se encaixam aos demais. Um estorvo essencial à privacidade.

Lembranças incessantes aceleram minha mente, nova mente. Enquanto houver imagem, mesmo que ao longe, existirá um brilho no olhar. Enquanto houver sons, permanecerá um sentimento, intenso e contínuo. Só enquanto houver...
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Music: Ready Or Not - Fugees

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Nostalgia


Cada segundo em que os olhos se fixam nestas letras, tens um pouco de mim. Inconscientemente, meu coração ultrapassa os limites, a música soa em teus ouvidos, e poderás sorrir como a primeira vez. Como nunca pensei nisto antes? É notório o sucesso da confissão, da dor, dos exageros.

Se me deixares entrar em tua mente, prometo ser o mais sutil, o mais doce e sincero. Se me deixares sussurrar, serei breve, não menos sutil, terei firmeza e compaixão. Ao fixar-se em meus olhos, verás a clareza de minha alma. Uniforme, meus sentidos estão a se transformar em teu sorriso, e as frases feitas me parecem tão ideais, tão perfeitamente surreais. Não digas amor, sequer paixão, talvez uma contemplação inocente. Apenas.

O que seriam dos fins, sem os meios, ou até mesmo o começo? Neste caso não há partes soltas, não há partes, não há nada. Não há metáforas, não há analogias, não há fatos ou farsas. Mas sei que um dia lerás, sentirás o frio na espinha, com gotas de estranheza. O mundo perderá um pouco do brilho que achas que tem neste instante, deixando tua consciência livre para voar neste mar de confusões. E, firme lamentarás, ao juntar tuas pálpebras úmidas e gastas...

Arrepender-se por um erro sem nome. Entristecer-se por uma imagem apagada. Recostar-se sobre as tolices passadas e seguir, apenas seguir. Como nunca pensei nisto antes?
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Music: Belief - Gavin DeGraw

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

A-T-E-R


A arte retrocede e transcende a essência. Transborda e recorta a passada decência. Toca, desbota, satura. Mas na tua figura mantém a beleza. Se não por tempo, talvez eterno. E sim agora, intenso, decerto.

Palavras não valem, nem mesmo distintas. Imagens quem sabe, as raras, oblíquas. Gestos? Leves, sem furor. Sentimentos sem ti, excedem o ardor. São coisas assim, chamadas de...

Há que se ater, desprender e voar. Há que fixar, fluir e fluir. Liberdade divina, libertinagem fascina, intriga. E trilhar a feliz idade, nos deixa a saudade, ao lado. Paciência é o que se pede. Paciência é o que sucede...

Por fim, nada. Por fim, igual. Por fim os olhos, para ater-se à arte.
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Music: Quem Sabe - Los Hermanos

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Me dá um emprego aí?

Eu sempre zuei quem dizia que era difícil achar emprego, eu pensava (erroneamente) que isso era uma desculpa esfarrapada de quem era vagabundo. Bom, cá estou do outro lado da moeda, procurando trabalho. Vou dizer uma coisa... TA FODA! Ninguém responde meus curríííículooooos!

Empresas do meu Brasil, por que não dar oportunidade para um rapaz capacitado e altamente motivado em busca de desafios profissionais à altura? Toda a sagacidade deste humilde garoto pode ser transformada em lucro, sucesso e reconhecimento para a sua empresa! Não desperdicemos esse enorme talento que vos escreve nesta noite fria. Tantas e tantas idéias efervescendo numa cabeça explosiva, que busca novidades para esse mundo tão prosaico. Oh Deus! Por que não puseste Mr. Bill Gates e suas maletas de dinheiro, digo, oportunidades, em minha vida?

Para que as coisas não fiquem distorcidas, deixo claro que minha meta é estritamente profissional e em prol de uma instituição de trabalho, o dinheiro é conseqüência. [PuLta mentira do caralho, eu quero ser rico pra porra e me aposentar com 30 anos] Vou lutar por um mundo mais justo e digno para todos na área em que eu exercer minha profissão. Compartilharei minhas finanças com entidades filantrópicas [Vou comprar carros, imóveis e talvez um helicóptero]. Por fim, depois dos meus 40 anos de árduo trabalho, contribuirei para a melhoria de vida dos mais necessitados [Vou mandar fazer uma estátua minha, banhada em ouro, do tamanho do Cristo Redentor]. Assim pretendo seguir minha vida nos próximos tempos...

Caso algum gerente de RH se interesse pelo meu perfil, favor contactar-me pelo e-mail: bruneco1@hotmail.com, no horário comercial de preferência. Finais de semana, nem pensar.

Aceito propostas salariais a partir de 3.500€ (8.750 R$) para funções de meio período.

Logicamente, na Zona Sul e com transporte fretado.

Espero retornos.
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Music: What It's Like - Everlast

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Relax people!

Sabe, ultimamente as pessoas andam meio raivosas com o mundo e/ou com seus semelhantes. Xingamentos são distribuídos de forma gratuita e sem muitas delongas. Qualquer perda de 5.000 mangos já está sendo motivo para entreveiros. Onde iremos parar?

Nos primórdios da nossa humilde existência, já havia arranca-rabos por causa de um pedaço de carne que fosse. O foda é que hoje em dia TODO mundo arranja um motivo pra ficar puto, já percebeu? “Vai tomar no cú se você não gosta de mim” “Foda-se sua inveja” “Num foi com a minha cara? Vá se foder viadinho do caralho!” Essa crise existencial crônica do povo é engraçada pra porra, na boa.

A mulecadinha de hoje nem aprendeu a falar direito, mas já ta PUTA da vida. A velharada, que já ta com um pé-na-cova, solta altos palavrões. Muié então... PeloamordeDeus! Vai xingar assim na casa do caraio. Mas as mulheres são um caso à parte, creio que a irritabilidade delas tenha a ver com alguma disfunção genética. Sei lá, o que falta em neurônios, sobra em explosões comportamentais.

A galera precisa relaxar, sentir a vibe do amor. Vamos todos nos unir em um grande abraço cósmico, cheio de harmonia, paz e compreensão. Juntais as mãos, sentindo a energia que flue dos nossos humildes corações.

Haha. Cale-se Bruneco dos infernos!

Ps: Todo mundo sabe que as mulheres são mais inteligentes que os homens, né? Rááááá, just kidding!
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Music: No Such Thing - John Mayer

domingo, 31 de agosto de 2008

Let It Flow...

Agora as estações não são as mesmas, as músicas não serão de outro alguém, que inconscientemente ainda te fere. Todavia não descobri o passado, por toda a vida hei de descobri-lo, talvez encobri-lo, ou esquecê-lo. Não basta apenas ser curioso, insistente, há que ser sutil e perspicaz aos detalhes. Há que se montar peça por peça, paciente, sem temor da imagem que se (re)cria.

Ao ver o esforço aplicado, deve haver reconhecimento, não do tipo que lhes dêem pena, mas aquele que receba a justa troca pelo árduo trabalho. A cada segundo em que me é instigado o desejo de buscar profundidade, sentimento, multiplica-se a vontade em continuar por essa trilha, fremindo veracidade a todo custo. Mas sei, e sabes, a mente oxida tranqüila e lentamente...

Assistindo aos capítulos, mesmo de fora, não entendas sequer uma linha das confissões de mim para mim. Decerto te pareça insanidade, sandices triviais, ou algo do tipo. Não duvido de nada, de mais nada. A ilusão continua embaraçando as definições do correto, do doloroso, e a anestesia se mistura ao mar de palavras que fluem de dentro.

Só me frustra não ter noção do quão forte cada linha lhe demonstre. Com tantas e tantas interpretações, olhares e vozes, o meu mundo se distorce e se contorce para não entregar a essência de mão beijada. Sinto que às vezes escorre uma gota a mais de coração, mas me inquieta o excesso de franqueza, o excesso de pureza, quem sabe...
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Music: West Of The Moon - Bob Seger

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Meu Brasil brasileiro!

Sabe, as eleições vêm chegando, começa aquele monte de propaganda política do cacete, com plaquinhas, panfletos, carros de som e todas aquelas merdas. Você está andando sossegadamente pela rua quando, de repente, surge uma puLta alegoria carnavalesca, jogando papéis e dizendo: “Votem no Zezinho 38.456! Zezinho é a solução. 38.456 é o número dele. É 3, é 8, é 456!” Bem, para todos os Zezinhos do Brasil...Vão tomar nos respectivos esfíncteres!

Cara, se eu me candidatasse para a política, eu jamais faria uma propaganda tão escrota quanto é feita pelos vereadores, prefeitos e até presidentes. Ta certo que essas coisas funcionam com uma parte considerável da sociedade, buuuuut todos sabemos que a propaganda é a alma do negócio, LOGO, temos uma pequena idéia do que estamos presenciando para nos representar na porra da Câmara, Senado e todas as porcarias de Brasília. Se isso ocorre há 500 anos, por que mudaria agora? Isso é Brasil!

Deixemos os candidatos menos favorecidos de lado e, vamos aos prefeitos, por exemplo. Debate em alguma emissora de TV, com participantes de um grau mais elevado, teoricamente. Os MALDITOS IMBECIS não usam a porcaria do tempo deles para falar do que vão fazer (ou melhor, do que NÃO vão fazer) em seus mandatos. Os cretinos ficam buscando motivos para agredir os adversários e blá blá blá... Ta certo, o povo adora um barraco, com gritaria, xingamentos e ameaças. Pão e Circo, minha gente... Mas cadê o Pão?

Eu continuo me divertindo com cada período de eleição, assistindo aos candidatos bizarros que participam a cada ano nessa jossa. Desde de ex-jogadores falidos a apresentadores de televisão. Brasil, o país do futuro!

Ráááááá! Pegadinha do Mallandro!
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Music: Heart In A Cage - The Strokes

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Don't Cry For Me...

Mais uma vez nosso sonho olímpico se foi. Não que este fosse um super desejo do povo brasileiro, mas dessa vez parecia um pouco mais vivo do que em ouras oportunidades. Ok, fomos eliminados de novo, até aí tudo bem, porém/entratanto/contudo o pior foi presenciar a derrota para nossos hermanitos boludos argentinos. Todos sabemos que os vizinhos lá de baixo sabem tratar uma pelota, mas ver a mulecada pés-descalços do Brasil tomando caneta do genro do Maradona já é um pouco demais...

Dunga, Dunguinha... Presta atenção filho: 2 é maior do que 1, logo, 2 atacantes = mais chances de fazer gol do que 1 atacante. Sacou a matemática ? Ta, eu sei que você é treinador e não professor de cursinho de exatas, só que essas coisas a gente aprende até no TeleCurso 2000 que passa na Cultura de manhã. Aliás, é melhor nosso treinador começar a fazer um cursinho e procurar um novo emprego, porque esse outro...

Vejam, eu tinha um ódio mortal pelos argentinos, até eu conhecer Buenos Aires esse ano. Os caras são tão ou mais fanáticos por futebol quanto a gente e eles são bons pra cacete, como nós. A marra dos discípulos do Maradona é típica, eles provocam, jogam bonito. Só num tem uma economia maior que o estado do Piauí. Chupa!

Bem, poderia estar muito puto com a eliminação, mas até que não, porque eu sei que os nigerianos-firuleiros vão passar por cima de Messi, Roman e sei lá quem mais. Espero, de todo meu coração, que caia uma bomba atômica no meio da Argentina. Haha, brincadeira, apenas em Buenos Aires já é o suficiente.

Ps: Evita Perón, sua prostituta.

Grato.
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Music: Molly's Chambers - Kings Of Leon

sábado, 16 de agosto de 2008

Move On

Não escrevo estas linhas para que alguém as leiam. Não busco a perfeição das palavras, o poder das frases feitas, pois não quero nada mais. Essa válvula de escape através das minhas mãos me salva, me ergue novamente, e entende o meu mundo. Hoje, os parágrafos serão só meus.

Para que organizar as idéias, se meus sentimentos estão tão confusos? E por mais que me pareça correto, não há como fugir à inspiração pernóstica. Entretanto, não carrega máculas, ou impurezas, é clara como o que há de mais belo nesta vida. É simples, contínua, gradativa... A chama busca se apagar, porém minha vontade de salvá-la é intensa. Tenho medo que se vá, tenho medo e medos.

Há maneira de seguir sem lembrar? Quando o silêncio se porta a minha frente, parecendo o caminho mais sensato, lá vou eu, gritando a plenos pulmões a ferida que não quer cicatrizar. Não importa, não importa muito bem, deixa estar. Talvez assim, só assim, esvazie meu corpo dos medos que ainda existam.

E cada palavra entoada acima do tom, diminui-se o calor da minha inspiração. Não por ser ela forte, ou deselegante, mas por contrariar o silêncio, que sempre carrega a razão consigo. A razão, que só preenche espaços vazios, continua rondando, e eu não a quero mais. Reviver o vivido e não se arrepender de nada, pois as palavras que me carregam, também te fazem pensar.
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Music: Donde Todo Empieza - Fito y Los Fitipaldis

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

2+2=5

Aham! Cheguei ao X da questão que eu mesmo havia formulado. Depois de muito pensar, de muito organizar e aparar as arestas, vejo o ponto principal às minhas singelas aflições. As noites mal dormidas me proporcionaram um pouco mais além de traumas ínfimos, fantasias subjetivas, ou qualificações mirabolantes. Sabia que havia de terminar de alguma maneira, só não sabia quando ou como. Aqui está, equação parcialmente resolvida.

Os lados eram levemente desproporcionais, o encaixe parecia difícil, os fatores externos influenciavam mais do que nunca. Sentia que a chuva podia atrapalhar, ou o vento interromper meu cálculo minucioso. Toda e qualquer adversidade se multiplicava diante de mim, visto que meu forte não é planejar rotas, traçar metas, caminhos. Assim, comecei a ver o resultado de trás para frente. Por que não fazer a operação inversa e seguir minhas próprias palavras?

Pensava em como achar a simetria de sentimentos, em como preencher os campos incompletos, em seguir adiante. O desfecho deveria ser o ponto de partida, crucialmente. Crer na confiança e capacidade unidas, coragem para estufar o peito, entrelaçar as mãos comigo mesmo, e nada além. Dividir-me em muitos para carregar a recompensa. Sim, é isso.

Na verdade, o fim sempre foi o reinício, que suscita na subtração dos erros. Na verdade, a matemática da vida é mais simples que se imagina. Na verdade, o nosso resultado está sempre, sempre correto.
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Music: Hoppípolla - Sigur Rós

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Transeunte Nostálgico

Em princípio parecia ser mais fácil, porém a nostalgia tomou conta de mim fazendo lembrar o que ainda não acabou. As cores, sons e palavras que não entendia há tempos atrás parecem me cortar levemente por dentro, sem deixar transparecer nenhum sinal de cicatrização. Lembranças interminadas se afloram a cada dia que se passa...

Os personagens que escrevem minha história se colocarão como protagonistas, mesmo que nesse instante muitos sejam meros coadjuvantes. Ainda há folhas em branco, e não são poucas. Inúmeras aventuras por vir, mas agora, infelizmente, percebo que este capítulo está se encerrando. Não foi como imaginava, foi muito melhor do que imaginava.

Retratos e escritos reacenderão a chama dos momentos vividos, sem ordem, sentido ou medo... Os olhos inevitavelmente esquecidos pedem ajuda às letras que traduzem a alegria da rotina que se vai. Memórias abstratas correm por minha mente sem direção. Mas quem se importa? A essência é o diferencial.

As forças contrárias me impulsionam com dificuldade por uma trilha desconhecida. As pegadas que deixei sempre estarão visíveis para quem quer que seja. O horizonte é infinito e não procuro um rumo. Sou um andarilho incompreendido pelo mundo... Por favor, não me sigam, pois este caminho não tem mais volta.
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Music: Feeling So Real - Moby

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Situando

E após algum tempo, razoável tempo, preenchendo as lacunas dissolvidas por uma atitude heróica, recomeça aqui uma velha/nova fase. Não que haja tanta expectativa em torno de uma reestréia de idéias ou atitudes, na verdade é só mais um planejamento que nunca se concretizará. Mas a antecedência não é a melhor forma de nos programarmos?


Lembrando daquele vazio que não sabia ao certo se era tão ruim para mim, contabilizo as inúmeras lições aprendidas até então. Em realidade, a mescla dos sentimentos distintos que costumava viver é o que me faz falta. O colorido e o preto-e-branco juntos, desenhavam a paisagem perfeita no meu quadro sem imagens... Era tudo tão triste, tão profundo e belo. Era intenso, acima de tudo. E nesse recomeço, as coisas podem faltar, podem se perder nas minhas esperanças.

Engano-me nos pensamentos insossos, tento reativar os perigos da minha cabeça e, por mais que eu procure, as armas parecem estar descarregadas. Não é problema para alguém que já esteve no limite da inspiração, que explodia em sua própria miséria. Sempre correndo atrás das palavras precisas, não consigo reacender o estopim intermitente do vazio, daquele vazio...
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Music: Invierno Porteño - Astor Piazzola

sábado, 19 de julho de 2008

Is This Real ?

Teria sido um pequeno Dejà Vu? Ou um breve delírio? Talvez fosse apenas um sonho mesmo, daqueles que aparecem durante um cochilo no sofá. Não sei, só sei que foi assim, breve. Duvidei do poder do pensamento, fiz pouco dos meus desejos e senti na pele a presença de algo estranho. Um tanto quanto surreal.

Em meio à brisa de inverno, sucederam-se capítulos, trilhas sonoras e um desfecho tradicional. Era tardezinha, o cansaço me enfrentava, e lentamente perdia as cores do meu mundo imaginário. Nenhuma novidade entre meus hábitos sem lógica, só mais um dia em frente ao reflexo. Pedaços esparsos de esperança conservada que ainda me moviam.

Um susto. Pelo instante, uma aflição, trêmula. Ao notar o raio de luz, retornara meus medos antigos, a maior beleza que houvera. Todas as emoções estavam em meu corpo, sensações inexplicavelmente misturadas. Inúmeras ações em potencial que não seriam executadas, imensas vontades... Minha oportunidade estava sob meus dedos. Mesmo assim, as palavras teimavam em se embaralhar por completo, traindo minha razão. Lá estava eu, na estaca zero novamente.

O meu sonho voltara, o meu sonho fugira. No apagar das luzes, revivi. E quando no mais inesperado momento chegou, não tive reação, não fui eu mesmo, me calei... O silêncio proclamou minha alma novamente.
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Music: 6th Avenue Heartache - The Wallflowers

terça-feira, 8 de julho de 2008

Dorme, dorme, dorme...

Eu estou começando a achar que tenho algum distúrbio de sono. Não é possível que alguém queira dormir tanto quanto eu! Acordo tarde, como... durmo. Acordo de novo, vejo TV... durmo. Levanto, jogo bola... tiro um cochilo. Caraio! Eu não sou normal.

Após tantas horas de sono, meu cérebro fica em baixa voltagem, e eu num consigo fazer porra nenhuma. Nada. Meu raciocino fica lento, minha disposição quase nula e minha visão (que já é um lixo) fica horrível. A coisa boa é que por parecer um retardado ao acordar, meu humor fica bem ridículo, podendo assistir desenho por horas a fio.

Lavando-se em consideração todos esses fatores, entro em um dilema: Se eu fico com sono eu num faço nada direito. Se eu durmo pra caramba, também não faço nada. E agora, quem poderá me defender?

Não existe café, Red Bull ou Coca Cola que me desperte. Aliás, eu acho que tudo isso é psicológico. Se tiver que acordar 5 da manhã pra jogar bola, lá estou eu, todo feliz. Se tiver que acordar meio-dia pra estudar, nem a pau que eu levanto. Mas talvez essas milhares de horas de sono tenham me servido de algo, como estabelecer uma relação extremamente íntima com minha cama. Ou evitar olheiras, sei lá.

Com licença, mas vou para meu momento de recesso.

Boa noite.
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Music: Banana Pancakes - Jack Johnson

domingo, 29 de junho de 2008

Against the Wind

Com tudo que passa em minha mente, algo se torna inevitável, infalivelmente presente, um tanto doloroso... Perguntas criadas pelo vazio do tempo, de tempos em tempos, na sombra do espelho adiante e longínquo. A busca pelo prazer que ninguém pode enxergar, a atenção de uma criança em meio à guerra, a paciência intacta pela sabedoria, a luz... Difícil é caminhar e sentir lentamente, correr com a fração de segundo parado.

O poder da criação me ataca, me machuca, atiça. Como um mundo reluzente à nossa frente os objetos mais repetitivos são vida. Ok, admito, nunca fui muito bom nessas coisas de imaginação, sempre me senti um pouco mais para o lado de lá. O meu habitat era e continua sendo aquele deserto de idéias, aquela vaga imensidão que se estende em frente a mim. Certas coisas não se ensinam, não são tão didáticas como os livros no canto da estante.

A pequena miragem de um oásis surge no momento em que me deito. Fez-se água assim? De repente? Mas como? E todo dia surge mais um mistério da minha mente, mais uma equação de sentimentos, pequenas sementes brotando na aridez da persistência. Essa batalha injusta de mim para mim que desgasta a cada dia... Pobre mortal.

Minhas idéias parecem aparentemente sem sentido, às vezes insanas, não me impoto. Acabo de entrar naquele labirinto conhecido, buscando a mesma saída outra vez. Agora eu juro que não vou recorrer a atalhos, embora já saiba onde se encontram. Cuidado, muitos podem julgar esses métodos pouco ortodoxos e muitos comentarão o óbvio que lhes incomodam. Os rótulos sempre ditam o ritmo, mas não por mim, não por mim...
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Music: Never Tear Us Apart - Joe Cocker

terça-feira, 24 de junho de 2008

Agora ?

E sabe aquele momento em que estamos nos divertindo e o mundo pára? Aquele típico lapso em que o relógio rodopia nos segundos, trepidando nossa alegria espontânea. As constelações parecem bailar no tempo, os planetas por um instante ficam estagnados no nosso universo, o brilho dos olhos inocentes acende, lampeja... E sem mais, o Sol já se pôs.

Dúvida cruel entre o prazer e o dever. O riso e a obrigação estão em conflito, minha mente sabe, meu coração engana. Tranqüilidade que se mistura à apreensão, o relógio ameaça minhas vontades, atormenta meu breve futuro. Tic tac, veloz, arritmado, doloroso. Por que existe o amanhã? Por que existe o amanhã se só quero o agora?

Ainda contesto o poder do Tempo. Ainda desafio suas regras e imposições. E por que faço isso? Porque no meu mundo não há batidas premeditadas, não há fórmulas exatas, ou números precisos. Há uma pequena sinfonia que escorre aos meus ouvidos, lentamente, seguindo os passos do destino indefinido. Há rios de pequenas irresponsabilidades. Há atrevimento.

E os minutos insistem em mentir para mim. Nem um momento sequer sem lembrá-los, sem calcular o restante da felicidade. Apagam-se os dias, iniciam-se novamente, e tudo remete às crueldades do Tempo. Chega a hora de descansar, por a cabeça no travesseiro e sonhar, sonhar com o fim do tempo. Sonhar com o fim dos Tempos...

Paciência. Nem tudo é como queremos, nem sempre temos forças para lutar. O primeiro passo é nos libertar dos ponteiros, já o segundo... Bem, o segundo está por vir, e ele não pára.
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Music: Iluminar - Natiruts

domingo, 22 de junho de 2008

Eu Odeio W11 !

A cada dia que passa eu odeio mais e mais o Winning Eleven. Jogo madito da porra! O Sr. Rafael Domingues Amaro, cuja sorte no vídeo game é extremamente incrível, costuma se vangloriar pelas suas vitórias nesse jogo futebolístico cretino. O fato é que TODOS os jogos em que sou derrotado pela pessoa acima citada, são totalmente roubados. Todos! As minhas suspeitas de que este cidadão está envolvido com a Konami estão cada vez mais claras.

Daniel Tsukamoto Monteiro, um aprendiz na arte do futebol virtual, pode-se considerar satisfeito em ser derrotado por 3 ou 4 gols de diferença. Ele até que joga direitinho, com o seu Jesus Navas pelas pontas, mas falta um maior grau de categoria em suas jogadas tramadas. Vale-se ressaltar que ele é a única pessoa no mundo que DESaprendeu a jogar Winning Eleven na história! Ele era bom, ficou ruim, e agora está meia-boca novamente. Logo podemos perceber que o forte de Tsukamoto é com as bolinhas do Mario Tenis.

Correndo por fora, temos Caio Mochida. Bem, Sr. Caio é um exímio craque nas jogadas pelas laterais, que até foram apelidadas de jogada Mochida. Entretanto, o fraco desempenho na marcação deixa a desejar em competições de alto nível. Ele é um jogador estilo argentino, com uma marra portenha que irrita. O ponto alto do seu futebol é a provocação durante a partida, que desconcentra qualquer adversário. Se bem lapidado, pode vir a ser um jogador mediano.

Enfim, eu continuo odiando esse jogo maldito, porém proponho um duelo de W11 em qualquer residência disponível. Um SUPER CAMPEONATO DE WINNING ELEVEN. Alguém se habilita?
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Music: Si Tú Si Yo - Muchachito Bombo Infierno

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Parabéns Japão!

Cara, eu admiro muito a cultura oriental, tanto que alguns dos meus melhores amigos são nisseis (ou seriam sansseis?). Mas essa coisa de se falar dos 100 anos da imigração japonesa a cada 5 minutos na televisão está me deixando um tanto quanto puto. Novelas bizarras com legendas em português, seriados infames mostrando a entrada da japonezada e reportagens exaustivas sobre esse assunto, conseguem acabar com meu humor.

Para que fique claro, não estou descendo a lenha nos japoneses, pelo contrário, o que me irrita é a repetição de algum tema por tanto tempo. Até porque existem uns japas muito loucos, com um senso de humor extremamente cretino, como o meu. Seres como o Norimaro (Marvel x Street Fighter) são engraçadissimos apenas pela sua face NERD. Há também aquele tipo de japorongo velho, que dirige de oclinhos e põe uma almofadinha no banco para alcançar volante, que me faz rir a cada esquina. Não poderia esquecer dos japoneses que são incrivelmente putos com a vida e parece que vão sair por aí assassinando todos que encontrar pela frente. Esse tipo já não é tão engraçado assim.

Ao invés desse bando de baboseiras que estão passando na televisão sobre o Japão esses dias, poderiam passar aqueles programas que as pessoas se inscrevem para se foder em público, sabe? Tipo, fazendo aquelas provas em que as pessoas apanham, agüentam torturas e tudo mais. Imagina só que legal, poderiam tirar a porcaria do Faustão e colocar um programa de retardados que nos fazem rir por sua demência. Isso sim é Japão!

Antes que eu me esqueça. Desenhos japoneses são chatíssimos! Menos Pokemón e Super Campeões. O resto é uma cretinice imensa. Mangás e o caralho a 4 são coisas que não fazem nenhum sentido. Mas não entremos no mérito da questão. É chato e pronto. Aliás, Hentai é legal. xD

Minha singela homenagem para os nipônicos seria: Vocês tem uma mentalidade excessivamente imbecil, como a minha. Eu gosto de vocês. Vocês são fodas com tecnologia e organização, só não sabem jogar bola. Chupa!

Meus mais sinceros parabéns a todos imigrantes japorongos.
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Music: Right About Now - Millencolin

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Ócio

Partindo do princípio de tudo não temos medo de cair, não tememos a derrota e sequer nos passa a hipótese de sermos contrariados pelas vozes frias do mundo. A curiosidade de chegar logo ao fim pode ser perigosa e nos causar algumas marcas profundas, mas quem é suficientemente forte para lutar contra o tempo que nos corrói?

Dia e noite se misturam e parecem não chegar. Não chegam... Não, chega! Não posso mais, o vazio me venceu. Os meus relatos são simples pedidos de auxílio a quem não me ouve e não pode me enxergar. Palavras frágeis e singelas nada mais são que suplícios inocentes de um pobre coração...

Manhãs intensas no crepúsculo vespertino? Tardes quentes iluminadas pela lua cheia? Gotas de poeira atravessando a janela cerrada? As regras subjetivas vão muito além do que imaginamos e as exceções claras estão nas nossas mãos. Não há certo ou errado, há vontades, vontades intensas.

Ainda existe um mundo lá fora para ser desvendado, um mundo que já me aguçou e me deu mais ímpeto. Hoje não tenho pressa para percorrer o caminho que está traçado, pois a insanidade tomou conta de mim. Fez-se presente o universo de confusões da minha mente e já não posso mais.

A vida continua sugando o pouco que me resta. A esperança é bela e longínqua, mas a amargura é mais intensa para quem escuta as histórias verídicas de um pobre viajante. E quando acabar, valerá a pena?
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Music: Sweetest Thing - Lauryn Hill

terça-feira, 17 de junho de 2008

Vamos Fugir ?

Como é engraçado abrir o jornal e se deparar com a notícia: “Duas jovens de São Paulo fogem de casa”. Nesse momento todos imaginariam que fossem adolescentes sem muitas expectativas futuras, sem boas condições financeiras, ou com um baixo grau de instrução. Mas não! Duas pseudo-rebeldes de classe média queriam apenas se “aventurar” pelo mundo afora. Essas imbecis devem pensar que estão num conto de fadas, ou algum filme que costuma passar na Sessão da Tarde.

Após nos aprofundarmos na reportagem, verificamos toda a preocupação dos pais das senhoritas, utilizando-se dos meios de comunicação para localizá-las. Os dias iam se passando e nenhuma informação das retardadas. Nenhum sinal de vida das raparigas, e a dor dos progenitores já estava imensa. De repente, não mais que de repente, conseguiram identificá-las em um hotel fuleiro de num sei aonde. Muito bem! Quanta felicidade da família e dos amigos... Entretanto o melhor estava por vir. Qual seria a incrível desculpa que elas dariam pela fuga?

A principal mentora do SUPER plano foi entrevistada para explicar o que havia ocorrido exatamente. A pequena moçoila disse que não agüentava a cidade e queria se mudar para outro lugar. Então eu fico cá a pensar com meus botões: “Que ótima idéia! Por que não sair escondida de casa, com 100 mangos no bolso e cruzar o país pedindo carona para caminhoneiros sedentos por ninfetas inocentes?” Creio que o fato do Brasil ser uma nação extremamente segura, ajudou o plano supimpa das moças. Ok, não sejamos tão maldosos com as pobres coitadas. Quem nunca fez uma grande bobagem, não é verdade?

Continuando no meu raciocínio, pensei: “Cacete, os pais delas vão fazer o que qualquer pai faria, COMER O RABO DELAS!”. Mas, para minha enorme surpresa, vi que nada de mais grave aconteceria com as princesinhas do papai.

Eu tentei imaginar se eu tivesse a inimaginável demência de fazer o mesmo que elas, e construí a reação dos meus pais, que seria mais ou menos assim: “Bruno, vem cá um segundo. Você tem estrume de cavalo na sua cabeça?! Você acha que vive em um desenho animado? Você se acha esperto, né? Então some daqui, porque eu num vou sustentar lunático que nem você”

É por essas e outras que ainda existe um monte de idiotas nesse universo...
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Music: Half-Truism - Offspring

domingo, 15 de junho de 2008

Ainda bem






Aquela melancolia que machuca, também nos ajuda a criar, ressentir o velho sentido e pulsar. Maldita página virada e desvirada, lida, refletida e que nunca sai da memória. Maldito livro de contos, com final feliz e até que a morte nos separe. E ainda há cartas, aquelas cartas, com segredos sentimentais e...

Mil e algumas noites em claro, cutucando a casquinha que teimava em não cair. Doía feroz, queimava tanto ou mais do que tudo que já me ocorrera, latejava... Passavam-se dias, chegou aos meses e, por menos que pudesse imaginar, o amargo da lua me tomava como a estréia novamente. Fazia um esforço descomunal para relembrar o que havia de esquecer, tomar de volta a ida das dores (que me suportavam), e de longe acenava à incrível lástima que nunca me deixara. Não quero abandonar a inspiração. Não vou abandonar o que ainda me move. Não, por favor, não suma!

Quanto tempo até o apagar da chama? Não duvido a eternidade de quem infelizmente espera. Posso aguardar no ressoar das cordas, na batida arritmada adentrando minhas idéias, vagas idéias, fúteis e pálidas. Pobre inimigo da vergonha que estende a mão em busca de perdão, infiel seguidor de suas próprias palavras, que sustentarão o caminho do incapaz. A flecha fugaz que atravessa meus olhos imóveis avista o mais novo alvo, um pouco distante ainda, um pouco inverso e controverso talvez. Mas quem disse que quero um novo alvo? Por mais que precise nesse momento, não posso ceder à vergonha da desistência. Não hoje.

Toda vez que sinto aquela nuvem formosa e cheia de silhuetas me encobrindo, me trazendo esperança e lágrimas, retorna-me o carinho pelo irreal. A cada ínfimo piscar de olhos ao refletir me surge os passos da criação mais plausível, da frase perfeita, do chão que teima em correr. E a cada cortante ofegar que tremula entre minhas veias, leio, nas duras linhas do destino, os dizeres insolúveis a mim, compreensivelmente previsíveis e rasos. Você incendiou o gélido sangue, que há de queimar a pele e os sentidos que me movem. Minha flor, meu lírio, meu mais doce delírio...
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Music: Back At Your Door - Maroon 5

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Mundo Cão

Veja só, mais um de meus devaneios noturnos regado à maldita intolerância. Dessa vez não é apenas o senso comum destruindo cada gota de paciência, existe também aquele retardamento típico da mocidade (ah... a mocidade).

Tudo não passa de um grande fingimento, tenho certeza. É inacreditavelmente surreal a quantidade catastrófica de inutilidade reunida em um mundo só. Onde eu estava com a cabeça ao recusar um gole de liberdade e diversão? Talvez eu tenha perdido anos e anos de vida(?) quem sabe. Momentos reflexivos não me significam tanto, muito menos aos outros, mas é o que resta. Confesso que não sei devo continuar seguindo na contra-mão de tudo e todos. E persistem em chamar anti-social.

Analisemos os fatos: o que é mais interessante, ser V.I.P. ou um simples recluso? Oras, que pergunta! Certas leis não foram feitas para serem quebradas, é fato. Não sejamos inocentes, o mundo estabelece regras pelas quais não devemos nos contrapor, e os valores impostos pela sociedade estão aí para serem seguidos. Todos devidamente iguais, com as roupinhas feitas sob medida, passeando pelas ruas. Adestrados, caminham por todos os lados, dão a patinha e correm atrás do disco. Quando querem algo, não hesitam em chamar a atenção, pulam, ficam eufóricos, andam em bandos e nunca se separam. Competem, brigam, e se diferem dos demais por ter a capacidade de emitir sons, chamados de palavras. Aficionados pelo prazer da vida alheia, não se preocupam muito com o seu focinho e estão sempre de orelhas em pé, concentrados, atentos. Em um mundo de hipocrisia irritante, se não se pode derrotar os medíocres, junte-se a eles.
Ok, posso até ser um vira-lata, vagando sozinho pela multidão... Mas sou eu quem traça e guia o caminho a ser seguido.

Seus atos valem mais do que minhas palavras e não há nada que possa mudar isso. Lembre-se apenas que a coleira já está com os dizeres: “Preso por incapacidade”.

Continuemos assim, uns iguais aos outros. Aliás, por que não nos multiplicarmos e formarmos uma grande raça? Quem sabe o mundo não possa ser um grande desfile de animais? Quem sabe não possamos proliferar nossas idéias caninas e carnívoras para as próximas gerações?

Vejam os filhotes, que bonitinhos...

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Music: Cemeteries Of London - Coldplay